Se cores me agoniam,
Se sorrisos me entristecem?
Como posso me dizer humano,
Se invejo e ainda assim desejo bem?
Como posso tornar real
Se a dor se oculta
Se o sentimento se esconde?
Como posso aceitar fácil,
A justiça dos tolos, e o julgamento dos fúteis?
Como posso ficar calado,
Se a dor me sufoca,
Se a corda me enforca?
Como posso aprender com um erro,
Se sou punido em dobro?
Como ainda posso viver,
Se me sinto fracassado,
Se me sinto arrasado?
Se errei, sinto muito;
Se julguei, me arrependo;
Não chorei, mas desejo;
Pois a punição castigou,
O que não se tinha mais a castigar.
Gabriel Vitor Tortejada
2 comentários:
Desvirgino a sessão dos comentários com tesão sarcástico e dionisíaco:
"Como posso não ser cúmplice de tamanho gênio que brota.
Que um dia aquele que o expulsou perceba a sua estupidez.
Que o dia chegue em que as literaturas analisadas também sejam as dos poetas em broto, cuja beleza já produz frutos antes mesmo de crescido o pé!
E aí, então, não será teu o lamento dos fracassados!
Misto de admiração e orgulho!
Um abraço e um beijo,
Do amigo,
Dico"
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