10 setembro, 2008

Nos campos abertos de asfalto

Aqui, flores do campo não cheiram mais,
Não há mais aquele céu estrelado.
A brisa limpa? Não mais.
A troca do esplendor azul,
Pelo amargo cinza.

Sem mais amor nos corações;
Só desprezo e desgosto.
Esperança? Não mais.
Apenas almas doentes;
Em um ritual rotineiro e ilusório.

Dor sem igual demonstrada,
Pelos rostos pálidos e amargos,
O cansaço dos sedentos por liberdade,
O ódio dos que procuram quietude.
Buzinas, alarmes, apitos, músicas, loucura!

Cada um vivendo uma morte lenta,
Em meio à uma selva de concreto e metal,
Procurando sempre o descanso eterno,
Então lembra-se que vive,
E foge a todo custo.

Na página em branco da minha alma,
Escrevo o que fui, sou e sempre serei;
O que foi, és e serás.
Escrevo o que nunca vai se apagar:
Que uma vida digna de nossa morte,
Nunca vamos alcançar.

Gabriel Vitor Tortejada

2 comentários:

Alice Cezar disse...

"Cada um vivendo uma morte lenta,"

fabuloso!
te linkei, para q mais pessoas tenham acesso a esse teu talento!
tu escreve bem guri!
;)

Anônimo disse...

será tuudo isso escrito aí em cima verdade..??!! ^^"

uahsuahsuahsuahsuhasuh...

"o Tortinha é poeta, não é Tortinha..?!!"
palavras do Emmanuel... \o/