E pensar sobre meus sentimentos.
Não quero mais ouvir, cantar,
Nem lamentar o que feito, já devia estar.
Mudar é algo difícil de fazer,
Impossível de se prever.
Meus olhos vêem,
O que o coração morto, não sente.
O que a alma, inexistente, não mente.
Ah, o toque.
Eu privilegio o toque.
Toque sutil da pele macia.
O toque que anseio,
Aquele que de tão perto,
Mantenho-me tão longe.
Não desejo o carnal,
Também não o dispenso.
Não reprimo,
Amor não tem medida,
Não tem jeito.
Nem sei se existe em meu peito.
Jeito cruel de ser,
Aquele aperto no peito por não dizer,
Aquele frio na barriga por tentar,
E a decepção por desistir.
Esse sou eu?
O fracassado que tantas vezes escrevo?
Que tantas vezes questiono?
E em nenhuma delas mudo?
Quero uma paixão,
Aquela que dure.
Algo que me tire da beira do abismo,
Me levante da sombra,
Antes que cedo ou tarde,
Eu enlouqueça.
Gabriel Vitor Tortejada
Um comentário:
Não há hora pra isso. Mas medir palavras é preciso, isso é fato. Se é que me entende...
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