Descem-se as neves do esquecimento,
Acabam-se as páginas do calendário por se arrancar,
Espera-se que algo venha e mude,
Focamos o novo e esquecemos nossos erros.
Deixe estar?
Consertar é difícil.
Mais ainda é tentar lembrar,
A dor que causa.
Às vezes a ignorância é a saída.
Deixe estar?
Roubo um verso de um mestre
Em sinal de revolta.
Questiono os valores modernos
E os antigos.
Quero algo diferente para nós.
Deixe estar?
Seria prepotência dizer que sou melhor?
Somos todos melhores,
Mas nos contentamos com pouco.
E o muito que queremos às vezes é demais.
Deixe estar?
Esquecemos que o tempo é linear,
Não se quebra em 365 dias,
Não muda por esperança,
Requere-se uma ação.
Deixe estar?
Não quero ser feliz por um dia,
Em troca de ser miserável os outros.
Quero brigar triste por 365 para mil felizes.
Não vou ficar feliz esse fim de ano,
Nem no próximo.
Eu não quero dizer como sempre:
Deixe estar.
Gabriel Vitor Tortejada
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