16 novembro, 2008

Um dia falarei com Deus,
O Deus dos cristãos, dos judeus,
Islâmicos, Hindus, etc.
Um dia falarei com o meu Deus.

Um dia direi a Ele o meu caminho,
Não o caminho certo,
Mas aquele que eu fiz.

Um dia provarei o seu sadismo,
Sua hipocrisia, sua infantilidade
E sua indiferença.

Nesse dia provarei da minha eternidade,
Da minha certeza,
E de minha escuridão.

Refletirei,
Nem que seja no meu último instante,
Sobre o que vivi.
E tenho certeza,
Não me arrependerei de nada.

Prosarei eternamente,
Flertarei com o futuro,
Não mais existirei mesmo.

Vou conversar com o diabo,
Aquele ser extrovertido, charmoso,
Aquele que não passa de uma parte de mim,
Aquele que não nega sua maldade,
Aquele que o que tem de malicioso,
Não tem de hipócrita.

Falarei a Javé:
Eu estava certo,
Tu não vives,
Não és diferente de mim.
Um ser morto e inexistente.

Gabriel Vitor Tortejada


P.S.: Achei que está faltando algo... sugestões?
P.P.S.:Não vou me converterei à sua religião meu filho, desista. Sim sim, já fui excomungado, fiz pacto com o demônio e jogamos cartas toda a sexta-feira. Algo mais?

10 novembro, 2008

Eu, eu mesmo, e talvez um dia, outro.

Cansei de falar sobre meus pensamentos,
E pensar sobre meus sentimentos.
Não quero mais ouvir, cantar,
Nem lamentar o que feito, já devia estar.

Mudar é algo difícil de fazer,
Impossível de se prever.
Meus olhos vêem,
O que o coração morto, não sente.
O que a alma, inexistente, não mente.

Ah, o toque.
Eu privilegio o toque.
Toque sutil da pele macia.
O toque que anseio,
Aquele que de tão perto,
Mantenho-me tão longe.

Não desejo o carnal,
Também não o dispenso.
Não reprimo,
Amor não tem medida,
Não tem jeito.
Nem sei se existe em meu peito.

Jeito cruel de ser,
Aquele aperto no peito por não dizer,
Aquele frio na barriga por tentar,
E a decepção por desistir.

Esse sou eu?
O fracassado que tantas vezes escrevo?
Que tantas vezes questiono?
E em nenhuma delas mudo?

Quero uma paixão,
Aquela que dure.
Algo que me tire da beira do abismo,
Me levante da sombra,
Antes que cedo ou tarde,
Eu enlouqueça.

Gabriel Vitor Tortejada

06 novembro, 2008

Aquela Poesia

O escorpião arde em minha solidão,
O arrependimento bate e vai embora,
Penso nas coisas que fiz e farei.
Nas escolhas que virão.

Cito de novo o herói,
Aquele único que salvará a todos,
Aquele único que está em todos.

O que é um herói?
O invulnerável ser capaz de atos sobre-humanos?
Ou aquele ser que nada faz a não ser nos inspirar?
Será o homem que veio de outro planeta?
Ou o exemplo do maior humano que pode existir?

De onde pode vir um herói senão de um instinto?
Sobrevivência,
Amor.
Ah, o amor.
Faz-nos fazer loucuras.

Loucuras que remetem ao passado.
Loucuras que corrigem o presente,
E escrevem o futuro.

Não me arrependerei do que disse ou fiz.
De que adianta?
As escolhas foram feitas,
Certas ou erradas,
Foram feitas.

Somos sempre capazes de escolher,
Sempre temos escolha.
Corretas, equivocadas?
Isso é ponto de vista.

O que importa é que temos escolha,
E essas escolhas mudam,
Essas escolhas aconselham,
Essas escolhas nos tornam, nada mais que
Humanos.

Gabriel Vitor Tortejada