À lua, as coisas acontecem.
O sangue escorre,
Mas os amores se aquecem,
Há um homem que morre
E ainda assim sentimentos florescem.
À luz da lua revelou-se minha amada.
Não de maneira platônica nem desconhecida,
Revelou-se quem há muito por mim era beijada
E mesmo assim a tempestade não era nascida.
Em meio ao terror
Encontrei o torpor,
Apareceu-me a flor,
Senti fundo o amor.
Encontrei-me por dentro aos prantos,
Quebrando as estruturas que lutei para criar,
Caíram fortes e portas em pequenos atos
Que tanto tentei evitar.
Meu interior estava assim, trancado.
E com um simples toque no coração,
Concedi a mim mesmo o perdão
E ela então me fez apaixonado.
Nas noites que eram então dos assassinos,
Dos monstros, dos sem pudor,
Encontrei a salvação de meus sonos.
Por saber finalmente o que é o amor.
As noites são nossas e de mais ninguém.
Gabriel Vitor Tortejada