04 novembro, 2010

Nazismo e outras brilhantes façanhas


Qual o limite da mediocridade e ignorância de uma população que se considera a elite intelectual do país? E não leve mediocridade como está nos dicionários, leve pelo lado pejorativo que esse termo recebeu na linguagem oral. Parece que a competitividade das pessoas se tornou algo muito sério, daqui a pouco se torna uma patologia. A briga por partidos e ideais se tornou ainda maior do que a ideologia nos permite chegar hoje em dia, e a briga acaba por trazer consigo uma xenofobia (se é que se pode falar isso de pessoas do próprio país) e um preconceito enormes. O que leva uma adolescente a postar na internet mensagens de ódio e desrespeito por uma população ligeiramente diferente da dela? O que a difere dos movimentos totalitários que existiam na Europa na primeira metade do século XX? Saibam que um grande movimento desses surgiu de um partido político, o Partido Nacional Socialista. Essas palavras lhes lembram algo? Esse partido graças à sonoridade alemã ficou mais conhecido como Partido Nazista.
            O que houve? Há algo de errado com o seu estômago? Com o meu também, mas não com as atrocidades que os nazistas cometeram com os judeus, - que moravam no mesmo país que eles - mas com a pregação de ódio que estão fazendo hoje em dia com os mesmos ideais e objetivos pelos quais lutava um dos homens mais odiados da história. Como pode uma geração que foi acostumada a olhar para esses homens de maneira odiosa seguir seu exemplo? Isso é algo que não passa pela minha cabeça de nenhuma maneira.
            Pelo que nossos pais ou avós lutaram nas décadas de 60 e 70? Por liberdade? Por democracia? Bom, nada é perfeito, mas isso é o máximo de democracia que conseguimos em décadas. É o máximo de liberdade que podemos ter considerando os tempos atuais. Qual o problema da democracia? A maioria das pessoas não consegue viver democraticamente por causa de seus egoísmos constantes. Acha exagero, besteira? Então porque você simplesmente não luta pela democracia e aceita a escolha popular? Para de criticar pela batalha vencida e deposite seus olhos e críticas para o governo que vier. Deposite sua confiança, e cobre de volta por ela, pois assim que você consegue fazer com que um país vá para frente.
            Sim, nessas eleições eu votei no candidato derrotado. E com certeza votaria de novo, mas não me considero vencido. Eu considero que o candidato que mais se assemelhava aos meus pensamentos acabou por ser derrotado e eu não vou gritar por isso, pois não é vinha vida que vai desmoronar por uma mudança política. E você que teve seu candidato vencedor, não se acomode. Não é porque você escolheu essa pessoa para estar no poder que quer dizer que você vá gostar de tudo que ela vai fazer, cobre, lute, grite. Não aceite as coisas como vão ser. Tente fazer parte desse pequeno futuro.
            É assim que se faz política, escolhendo que mais te agrada e lutando para que o que você queira aconteça. Pois nenhum homem ou mulher de terno pode nos impedir de conseguirmos o que queremos, apenas a nossa falha ao agir. Ouvi há muito tempo uma frase em um filme que se encaixa nesse perfil. Vou optar pela versão na qual o protagonista do filme discorda, mas eu concordo plenamente: “(...)o mal prevalece quando os bons homens falham em agir”. E esse mal não é o diabo ou a maldade, é a situação que te causa desespero e sofrimento.
 
Gabriel Vitor Tortejada

2 comentários:

Alice Cezar disse...

parou de escrever moleque?

Gabriel disse...

Falta de tempo com a faculdade e o trabalho... Sumiu?